Colégio Estadual Olavo Bilac
Com o nome de Escola Agulhas Negras, foi fundado, em o atual Colégio Estadual Olavo Bilac se tornou uma instituição da cidade de Resende.
Como diz a atual diretora, professora Ana Maria Rodrigues Santos, todo mundo de destaque na cidade estudou no Olavo Bilac. Entre os ex-alunos do colégio há médicos, militares e políticos, como o atual prefeito e pelo menos um de seus concorrentes na última eleição.
Já a professora Sônia Maria Nogueira é a história viva do colégio. Sônia produziu dois livros. O primeiro com a história e com depoimentos de ex-alunos e ex-professores, lançado no jubileu de ouro da escola. O segundo, nas comemorações dos 60 anos do colégio, em 2005, que trata principalmente das comemorações.
Sônia, que é coordenadora pedagógica do curso técnico de contabilidade, diz que só sai de lá para o Alto dos Passos, o cemitério mais tradicional de Resende. Com algumas e breves interrupções, a professora está no Olavo Bilac desde 1958, quando entrou no jardim de infância.
O amor que alunos e ex-alunos dedicam à escola faz que seja fácil conseguir apoio da comunidade para atividades como os jubileus e obras para a recuperação do Colégio.
Da Escola Agulhas Negras ao C.E. Olavo Bilac
Com a decisão do exército de iniciar a construção da nova escola militar em Resende, no final dos anos 1930, era necessário se construir uma infra-estrutura para receber os militares e operários responsáveis pelas futuras instalações.
Assim, em 1943, fundou-se a Escola Agulhas Negras, para os filhos dos funcionários das obras. Essa escola está na origem do atual colégio Olavo Bilac.
O primeiro prédio era um barracão de madeira, com três salas de aula. Na equipe, uma diretora e três professoras que davam aulas para turmas de 1a a 4a séries. Depois, a escola foi transferida para o antigo prédio da Prefeitura Militar.
Em 1945, começaram as obras do prédio atual, que terminaram em 1948. As instalações foram construídas em parceria entre o Governo do Estado e o então Ministério da Guerra, atual Comando do Exército.
A construção do Grupo Escolar Olavo Bilac, primeiro nome do colégio, foi necessária para atender á demanda das famílias que vinham para trabalhar na Academia.
Por isso, nas décadas de 1950 e 1960, o Olavo Bilac fazia parte da trajetória de estudos que todos os pais da cidade desejavam para seus filhos.
Mas a oferta do ensino médio no Olavo Bilac só começou em 1986.
Outro fator que talvez explique sua fama é a continuidade das políticas administrativas garantida pela longa permanência no cargo das diretoras. A que ficou mais tempo foi justamente a primeira, professora Maria Dulce Freire Chaves. Ela dirigiu a escola de 1948 até 1966. O segundo lugar é da atual diretora, que vem sendo reeleita desde 1993.
No início dos anos 1960, funcionou por um curto período uma escola técnica de comércio. Essa experiência serviu de base para, em 1989, a diretora da época, professora Lucy Avellar, pleitear junto à Secretaria de Educação a implantação de curso técnico noturno em contabilidade. A primeira turma entrou em 1990.
Por conta disso, o Olavo Bilac foi a primeira escola da região a oferecer jantar para os alunos. Ela observa que as merendeiras dos três turnos brigavam para preparar um cardápio variado para os alunos. Entre elas se destaca dona Ignácia de Souza Vieira, uma das personalidades que ajudaram a construir o imaginário da escola.
A clientela da escola vem de todos os bairros da cidade bem como de outros distritos e municípios da área da coordenadoria.
Além da qualidade do ensino, a diretora da escola fala que a localização central da escola é outro fator de atração, porque há farta oferta de transporte e porque fica na área que tem o comércio mais sofisticado da cidade, o bairro de Campos Elíseos. Esta característica é especialmente interessante para os alunos.
Segundo Ana Maria, o corpo discente é composto por pessoas de diversas origens sociais. Ela observou que as famílias de classe média costumam colocar seus filhos na escola para aproveitar a qualidade do ensino e poder, com a economia, pagar cursos como os de inglês. Para as famílias de baixa renda, entrar para a escola é sinal de status.
Entrevista
1-Qual o seu nome?
Ana Maria R. Santos. (Atual Diretora do Colégio)
2-Há quanto tempo trabalha no colégio?
Desde 1989.
3-Em que ano o Colégio foi construído?
27 de agosto de 1945.
4-Qual o motivo do nome do Colégio?
Foi uma homenagem ao poeta Olavo Bilac.
5-Você gosta de trabalhar aqui? Por quê?
Gosto muito, porque é um lugar especial.
6-Você lembra de algum fato histórico?
Sim, a Festa dos 50 anos do Colégio; a reforma do prédio e etc.
7-Quais foram as principais mudanças do Colégio?
Ampliação do Colégio em número de alunos, espaço físico, a parte dos laboratórios, prêmios recebidos, informatização e projetos.
8-Terão mudanças em breve?
Muitas mudanças e estamos aguardando por isso.
9-O que acha da Educação do Colégio?
Eu gosto muito.
10-O que você acha que deveria mudar no colégio?
As mudanças deveriam vir da SEEDUC, porque não podemos aumentar o número de aulas, melhores salários, aulas de reforço e muitas outras mudanças.
Imagens
Bibliografia
Site Educação Pública.RJ
http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/educacao/0103_04.html
http://ceolavobilacresende.blogspot.com/
Postado por Leonardo de Oliveira.
Grupo: Stenio Gomes, Max Yuri, Marcelo de Melo, Vitor Gabriel e Leonardo de Oliveira.